Os
famintos e perseguidos batem à porta dos prósperos - prósperos estes
muitas vezes às custas dos que exploraram tanto tempo - e as portas se
fecham. O diferente é visto com desconfiança ou desprezo. O diferente é
inimigo, o fanatismo substitui a razão e a fraternidade, as religiões
humanistas se pervertem, o homem é cada vez mais lobo do homem. (...) E
tudo isso por quê? Por causa de uma centelha
de vida insignificante, frágil, efêmera e quase sempre ridícula, num
planetinha pretensioso, entre pessoas e povos ainda mais pretensiosos,
que julgam, temem e odeiam os outros pela língua, pela cor, pela cara,
pela comida e por tantas outras coisas que não tem importância para o
espírito e a vida.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
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